Devido à perspectiva de reaquecimento do setor, investimentos aumentam e juros caem
Neste ano, o Banco de Brasília (BRB) poderá quintuplicar o orçamento que financia a construção civil no Distrito Federal. Em 2019, o investimento será de R$ 350 milhões, e pode chegar à meio bilhão, segundo fontes da instituição. No ano passado, apenas R$ 90 milhões foram reservados.
A grande diferença está relacionada ao cenário do mercado. Depois da crise em 2017, a perspectiva para o setor agora é de reaquecimento, principalmente com a demanda pela casa própria no país.
Assim, com o aumento da procura pela casa própria, o banco assinou um acordo inédito com a incorporadora ECAP Engenharia, oferecendo uma linha de crédito exclusiva para a aquisição de terrenos em condomínios 100% regularizados. Os lotes poderão ter até 70% do valor financiados pelo BRB em, no máximo, 20 anos. Antes disso, a linha de crédito era destinada à aquisição de terrenos em áreas que passam por regularização fundiária.
De acordo com Rodrigo Nogueira, diretor e proprietário da empresa, a iniciativa “significa a derrocada do mercado ilegal de lotes na capital federal, que convive com essa ilegalidade fundiária há muitos anos, com consequências críticas para toda a população”.
Redução de juros
Além da reserva, a queda dos juros também contribui para o crescimento do mercado que, segundo Eduardo Aroeira, vice-presidente de Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-DF), a redução dos juros pode dobrar os rendimentos do setor neste ano. Na Caixa, por exemplo, o percentual diminuiu em 1,25 ponto.
Eduardo explica: “A simples redução dos juros aumenta a capacidade de pagamento das pessoas, enquanto que a equiparação do sistema SFH com o SFI faz com que ocorra uma redução significativa da taxa de imóveis de alta renda”.
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