• 16 de maio de 2024
  • Last Update 15 de maio de 2024

Webinar – Soluções práticas 3

Como as imobiliárias Rede Brasília de Imóveis estão agindo em tempo de COVID-19

O Webinar ocorrido na quinta-feira, 14 de maio às 9:00h, contou com a presença da apresentadora, Giuliana Rezende, CEO da Rede Brasília Imóveis (RBI) e o mediador Marcelo Ramos, CMO DFimóveis.com. Realizado pelo zoom e transmitido pelas redes sociais, o webinar esclarece quais as soluções e práticas adotadas pela RBI no enfrentamento ao COVID-19, mudanças no mercado e economia.

Formada em economia pela UNB e gestão de negócios imobiliários e construção civil pela fundação getúlio Vargas, Giuliana atua como presidente da RBI e Coemi. A RBI foi primeira rede da cidade de Brasília, fundada em 2007. Hoje a rede possui, 17 das mais tradicionais empresas da cidade, que contam com um banco de mais de 4 mil imóveis, para venda e locação e tem uma força de quase 200 corretores.

COVID-19

Assim que saiu o decreto, praticamente todas as empresas de diversos ramos tiveram que paralisar e iniciar o trabalho home office. Giuliana conta que no início, mesmo com a paralisação, as reuniões com outras empresas e com o Secovi (Sindicato de Habitação do Distrito Federal ) foram frequentes. As reuniões aconteceram com o intuito de achar soluções e buscar mais informações sobre o que poderia ou não ser feito no ramo e oferecer um serviço de qualidade, mesmo dentro de todas as limitações.

“O Secovi estava fazendo uma atuação super presente, orientando, tirando dúvidas em relação ao decreto, o que poderia ser feito pelas empresas e como poderão atuar. O lançamento da cartilha com todas as orientações, deu mais segurança para nós e para nossa equipe voltar ao trabalho”, disse Giuliana.

Práticas e soluções na pandemia

A parceria da RBI com outras redes também foi de suma importância para encontrar soluções, Giuliana explica que ainda que não compartilhem o mesmo banco de dados, conseguiram ganhar velocidade nas vendas. “Nos aproximamos e essa troca ficou muito mais rápida e fluida (…). Essa proximidade ficou ainda mais clara nesse período, vimos como que juntos, conseguimos trabalhar melhor.”

As práticas que estão sendo realizadas pela RBI incluem o home office, distribuição das cartilhas do Secovi e orientação aos funcionários; especialização e aprimoramento; produção de vídeo de imóveis; ciclo de treinamentos internos e visitas virtuais. “Temos que nos adaptar, quando o cliente não pode sair de casa ou não pode receber ninguém, o que podemos fazer para conseguir atendê-lo?”, disse Giuliana.

O apoio externo também é necessário para melhores resultados da rede em meio às novidades, Giuliana conta que oferecem orientação ao proprietário, clientes e corretores de como será essa vídeo chamada; o que é importante fazer e posição da câmera, para poder possibilitar o cliente ter esse tipo de atendimento.

É também uma boa hora para focar no estoque, os planejamentos de melhoria da RBI são, melhorar os anúncios, apontar diferenciais, rever preços, trocar foto do imóvel, rever a forma de apresentação e treinar as visitas virtuais. “Se no tempo que ficamos parados perdemos uma captação, estamos indo atrás e focando no cliente, saber se ainda está interessado e nos mostrar disponíveis”, acrescenta Giuliana.

Reabertura das imobiliárias e cuidados no atendimento

Agora que o decreto liberou o funcionamento das empresas, voltaram as visitas presenciais, mas com os cuidados adicionais. Alguns dos cuidados apontados pela apresentadora são: usar máscara, tanto os corretores quanto os clientes; usar luva ao tocar em qualquer parte do imóvel; ter sempre álcool em gel disponível para os clientes, não utilizar o mesmo elevador que o cliente nem moradores; deixar as pessoas mais livres para conhecer o imóvel; orientar que não vá muitas pessoas para evitar aglomeração; deixar as janelas e portas abertas se possível e se o cliente for grupo de risco, não fazer a visita, partir para a virtual.

Esta pandemia, é um bom momento para focar nos clientes. As dicas são: um atendimento mais centrado, fidelizar o cliente e entender melhor o público “As pessoas estão com mais tempo para olhar e pensar no que realmente querem. O cliente tende a dar mais atenção aos anúncios, entender quais são as características que são realmente importantes para ele, facilitando também o nosso trabalho”, conta Giuliana.

Marcelo Ramos também coloca alguns pontos sobre atitudes que o mercado imobiliário precisa realizar nesta crise, são eles: o aquecimento de leads (contatos), a humanização do atendimento e um treinamento para tratar bem o cliente.

Todos esses pontos em conjunto com a utilização dos meios digitais devem ser realizados para que atenda o consumidor. A RBI criou um setor próprio para o atendimento com sistema para pré venda. “Temos uma equipe para estar mais próxima do cliente. O intuito é receber a pessoa, entender suas necessidades e o que ela espera do imóvel”, acrescenta Giuliana.

Visão de mercado

Uma pesquisa da FGV diz que das pessoas que atualmente estão em home office, 30% vão continuar de home office. Isto influencia às pessoas a buscarem um lar com mais espaço e mais conforto para realizar as atividades do trabalho em casa.

Antes dessa crise a pesquisa por apartamentos era muito maior. “Observamos que nessa semana a procura por casas até mesmo passou os apartamentos. As pessoas estão buscando por espaços mais amplos. Teve um aumento no Jardim Botânico, Lago Sul, Lago Norte e Park way”, debate Giuliana.

Este resultado também se repetiu no portal Dfimóveis, Marcelo conta que sentiram isso muito forte nos gráficos. “Houve uma queda do mercado de apartamentos e uma subida repentina de casas e apartamentos de 4 quartos. Pela primeira vez elas se cruzam em vendas. Logo em seguida as casas ultrapassam e depois as duas ficam altas, praticamente juntas. Isso demonstra essa questão da mudança do conceito”, apontou.

Investimentos

Dentro do debate foram colocadas vantagens do investimento em imóveis, tanto comerciais quanto residenciais. Todo o cenário econômico da população de Brasília, torna propício investirem mais em algo seguro com uma boa rentabilidade. “Com as taxas de juros baixas, mesmo se não tiver todo o capital, está compensando fazer um financiamento”, fala Giuliana.

A demanda por locação residencial aumentou nos últimos dias, já os comerciais estão sendo mais afetados, pela crise. Giuliana conta que os apartamentos de dois quartos são os que apresentam maior liquidez e rentabilidade de meio por cento ou mais. “Alugam super rápido, dentro de 30 dias no máximo, os apartamentos de dois quartos tem saída. Ocorreu de antes mesmo de anunciar, ter lista de espera. A rentabilidade das casas não são tão altas quanto a de apartamentos, mas tende a aumentar após esta pandemia”.

Colocada em pauta, a locação com opção de compra, que é: alugar para a pessoa experimentar e depois comprar o imóvel. Nesse tempo que você locou, o dinheiro investido é abatido no valor da compra. Giuliana acha que pode ser interessante usar aqui em Brasília. “Tem espaço sim, a maneira de abordar isso, talvez seria diferente. Acredito que realizar é valido este tipo de acordo quando o imóvel está tendo dificuldades para vender.”

Assista na íntegra:

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