• 21 de novembro de 2024
  • Last Update 18 de novembro de 2024

IPCA: 0,12% Registrado na inflação no Brasil em julho de 2023

No dia 11 de agosto, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) liberou os dados referentes ao IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de julho de 2023. 

O índice apresentou um aumento de 0,12%, representando um avanço de 0,20 ponto percentual em relação à taxa registrada em junho, que foi de -0,08%. Isso resultou em um aumento no acumulado do IPCA no ano, que subiu de 2,87% para 2,99%, enquanto nos últimos 12 meses o índice ficou em 3,99%. No mesmo período de julho de 2022, o índice estava em  -0,68%.

Para contratos de aluguel com reajuste pelo IPCA, cujo aniversário ocorre em agosto de 2023, o percentual de aumento é calculado a partir do acumulado de 12 meses, ou seja, 3,99%.

Quanto ao valor atual do IPCA em julho de 2023, cinco dos nove grupos de produtos e serviços analisados ​​mensalmente apresentaram aumentos. O grupo que mais contribuiu para o aumento foi o de Transportes, com uma variação de 1,50% e um impacto de 0,31 ponto percentual. Por outro lado, o grupo de Habitação registrou a maior queda, com uma variação de -1,01% e um impacto de -0,16 ponto percentual, de acordo com os dados fornecidos pelo IBGE.

Leia também: Casa para alugar: como escolher a certa para você

Apesar de Aumento, Índice Registrado pode ser uma notícia positiva para o setor imobiliário:

Embora seja prematuro falar em uma reviravolta completa, os aumentos moderados de preços registrados em março podem sinalizar perspectivas positivas para o mercado imobiliário.

Isso acontece porque o índice proporcionou insights importantes relacionados ao controle da inflação, o que, por consequência, poderia resultar em taxas de juros mais baixas:

  • A taxa de inflação acumulada em 12 meses atingiu 3,99%, uma cifra que se mantém dentro da meta anual de inflação estabelecida pelo Banco Central;
  • O aumento deriva principalmente dos preços dos combustíveis, os quais foram impactados pela reintrodução dos impostos federais, trazendo um efeito de caráter temporário.

Apesar de ser prematuro afirmar que a inflação estará sob controle, visto que os dados se baseiam apenas em um mês, isso já sugere, no mínimo, uma pressão reduzida sobre o orçamento dos brasileiros.

Por que o “alívio” na inflação pode aquecer o mercado?

O principal mecanismo utilizado pelo Banco Central para conter o avanço da pressão é a elevação da taxa básica de juros, conhecida como Selic. Uma vez que essa taxa serve como referência para empréstimos e financiamentos em geral, um aumento nela resulta em um custo mais elevado para o capital e para os empréstimos.

Além de dificultar aquisições parceladas de propriedades, o aumento na Selic desacelera a economia, impactando a renda da população. O setor imobiliário, inclusive, é particularmente sensível a isso.

Rio de Janeiro e Belo Horizonte, por exemplo,  já apresentam sinais de estagnação e até mesmo declínio nos preços das propriedades.

Por isso, sugestões de uma inflação mais moderada indicam a possibilidade de futuras reduções nas taxas de juros, especialmente diante das pressões governamentais.

Essa redução da Selic tornaria os financiamentos mais acessíveis, incrementaria o rendimento da população e teria o potencial de estimular a atividade no mercado imobiliário.

A sinalização é boa, mas melhor ir com calma:

Apesar da notícia ter sido recebida com entusiasmo pelos participantes do cenário econômico, é previsível alterações na política de forma definitiva.

O próprio presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, enfatizou a importância de aguardar os próximos meses antes de considerar uma mudança na abordagem.

Vale ressaltar também que as principais economias globais ainda estão implementando medidas restritivas na política monetária, e o resultado anual do Brasil está distorcido pelos meses de deflação ocorridos no ano anterior, resultado da redução dos preços dos combustíveis.

Calendário do IPCA 2023

  • Janeiro: dia 10 ✅
  • Fevereiro: dia 9 ✅
  • Março: dia 10 ✅
  • Abril: dia 11 ✅
  • Maio: dia 12 ✅
  • Junho: dia 7 ✅
  • Julho: dia 11 ✅
  • Agosto: dia 11 ✅
  • Setembro: dia 12
  • Outubro: dia 11
  • Novembro: dia 10
  • Dezembro: dia 12

Qual é a metodologia para calcular o IPCA? 

O IPCA quantifica a flutuação nos valores de um conjunto de produtos e serviços comercializados no mercado varejista e consumido pelas famílias brasileiras com rendimentos que variam de 1 a 40 salários mínimos, independentemente da origem da renda. Ele abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e Brasília.

São arrecadados aproximadamente 430 mil preços de 30 mil locais, que vão desde estabelecimentos comerciais e hidrelétricas de serviços até empresas de serviços públicos (como fornecedores de eletricidade e água) e provedores de internet. Esse processo de coleta ocorre normalmente entre os dias 1º e 30 do mês de referência.

Devido à pandemia de Covid-19, o IBGE interrompeu a coleta presencial de preços nos locais de compra em 18 de março de 2020. A partir disso, os preços passaram a ser obtidos por outras vias, incluindo pesquisas realizadas em sites da internet, através de telefonemas ou e-mails. Porém, no começo de julho de 2021, o instituto começou a retomar gradualmente a coleta presencial de preços em determinados estabelecimentos, conforme especificado na Portaria nº 207/2021 da Presidência do IBGE.

Você pode se interessar: Kitnet loft e flat: qual a diferença, afinal

Como calcular o IPCA?

Assim como acontece com o IGP-M, o reajuste de aluguel pelo IPCA é feito com base no acumulado dos últimos 12 meses. Por exemplo, um aluguel de R$ 1.500 reajustado pelo acumulado de 12 meses do IPCA de julho (3,99%) teria a seguinte conta: R$ 1.500 x 1,0399. Com isso, o novo valor da locação do imóvel a partir do mês seguinte ficaria em R$ 1.559,85.

IPCA no reajuste de aluguel

  • Índice oficial de inflação do país, feito por uma instituição federal;
  • Não sofre variações por fatores como dólar e exportações;
  • Reflete mais a realidade da condição financeira das população;
  • É um índice estável, evitando que os inquilinos precisem pedir descontos ou até mesmo cancelamentos de seus contratos de aluguel;
  • Não gera um “susto” no orçamento dos inquilinos;
  • Traz maior segurança para o planejamento dos inquilinos; 
  • Evita inadimplências para proprietários.

Encontre os melhores imóveis para compra e aluguel clicando aqui

Related Articles