• 20 de maio de 2024
  • Last Update 20 de maio de 2024

Consumidor e Mercado Imobiliário até 2040

A Delloite, juntamente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) elaborou um estudo em 2019 que traça o comportamento do consumidor e do mercado imobiliário até 2040. 

O estudo, feito com base em dados oficiais e de mercado, trata-se de uma ampla pesquisa que visa mostrar o cenário residencial no Brasil e definir estratégias para direcionar as empresas do setor no caminho certo. 

Tendências para o imóvel do futuro

Compartilhamento

Atualmente, o compartilhamento vem sendo uma tendência na sociedade moderna. O setor corporativo, que respondeu muito bem a essa inclinação, apresentou os coworkings como opção. Já o setor automobilístico reagiu com os aplicativos de transporte compartilhado, que proporciona mais conforto e menor custo para os usuários. 

Esse cenário não será diferente para o setor residencial. O inchaço populacional nos grandes centros urbanos, futuramente, pressionará a população a adotar esse novo estilo de moradia. A medida será mais por necessidade do que preferência. 

O perfil do consumidor para esse segmento habitacional serão os jovens de hoje. No futuro, esses adultos tenderão a se dedicar mais à profissão e postergar o casamento e os filhos, diferentemente de seus ancestrais. 

Em suma, o compartilhamento de residências pode ser uma forma de conciliar um  estilo de vida dinâmico. Essa nova maneira de compartilhar tem como suporte soluções que se apoiam na tecnologia e não dispensa aspectos como privacidade e segurança.  

Aluguel 

Existem dois grupos que optam pela locação de um imóvel: por necessidade e por opção.

O primeiro grupo, são aqueles que não possuem condições financeiras ou existe alguma burocracia que os impedem de ter uma casa própria. Já o segundo grupo é formado por aqueles que privilegiam a liberdade de poderem morar aonde quiserem. 

Além das demandas que alugam por necessidade, essa opção de moradia é mais viável para uma geração que está mais focada na vida profissional, como mencionado acima, e que desejam viajar, vivenciar novas experiências

Dos entrevistados pela Delloite que preferem alugar, 48% preferem essa opção pois ela oferece mais facilidade de mudança. Já 41% disseram que, em médio ou longo prazo, alugar é mais barato ou vantajoso financeiramente do que comprar. E 26% mencionaram que a locação é menos burocrática. 

Formato do imóvel 

Ao se tratar de lar, o que mais importa é a comodidade e bem estar, independentemente da faixa etária do consumidor. 

Os 5 itens de maior preferência em um móvel, de acordo com o estudo da Delloite, são: 

1º Suíte
2º Muitas tomadas
3º Churrasqueira
4º Quantidade de janelas/boa iluminação natural 
5º Quintal 

Além disso, os domicílios nos próximos anos tendem a ser multigeracionais, isto é, terão funcionalidades que atendam todas as gerações simultaneamente, desde acessibilidade até fácil integração com a tecnologia. 

Ademais, os imóveis do futuro terão que dar conta da pluralidade dos consumidores em meio a moradias compartilhadas (ou até coabitando com parentes); terão que oferecer soluções para perfis diferentes. E esse será o desafio para as empresas do setor. 

Tecnologia e conectividade 

Cada vez mais os assistentes de voz virtuais estão imersos no nosso cotidiano (Alexa, Siri, Google Assistente). Frente a este contexto, a tendência é que, em 2040, muitos aparelhos eletrodomésticos residenciais também respondam a comandos de voz. 

As smart TV’s são as mais comuns entre a população atualmente. Mas sistemas de iluminação inteligente, câmeras de monitoramento virtual residencial e sistemas de vigilância inteligente, devem se difundir mais no futuro. 

Para 2040, as instalações elétricas, de esgoto e água também poderão ter sensores para monitorar e alertar eventuais riscos de curto-circuito e vazamentos. 

Com toda essa conectividade, caberá às construtoras se adaptar a esse cenário, garantindo ofertas de espaços no qual essa tecnologia irá operar, de forma a atender às necessidades de cada consumidor. 

Serviços e infraestrutura 

Para os participantes da pesquisa Delloite, ter piscina no condomínio é prioridade. Seguido de vaga de automóvel, academia, salão de festas e churrasqueira, nesta ordem. 

As práticas de consumo sustentável também são um ponto forte a ser considerado pelas gerações de 2040. Os hábitos de coleta seletiva, espaço verde, energia renovável, reservatório de água de chuva e reuso de água, são prioridades dos entrevistados. 

No entanto, se houver um incremento de 5% no valor final do imóvel ou aluguel, o interesse nesses itens cai consideravelmente.  

Quanto às características de infraestrutura mais desejadas, a região com segurança lidera. Em seguida, tem-se a região com baixos índices de violência, proximidade do trabalho, proximidade do comércio e região silenciosa, respectivamente. 

Processo de compra

A inteligência de dados será uma grande aliada dos agentes imobiliários e consumidores no processo de compra e aluguel de um imóvel. 

As plataformas que realizam esse tipo de serviço, se inclinarão para prestar dados sobre a região, como segurança, qualidade e proximidade de serviços públicos, indicadores de acesso a meios de transporte, vídeos do bairro, gravados por drones, e avaliações de outros moradores ou ex-moradores. 

Prestarão ainda dados sobre o imóvel, como histórico de propriedades da residência, histórico de reformas, situação dos vendedores em relação a processos na justiça, vídeos do condomínio e da residência e histórico sobre financiamentos ou processos jurídicos do imóvel, mesmo que encerrados.

Conclusão

Comodidade, segurança, espaço e privacidade ainda são pontos chave para os consumidores ao comprarem um imóvel. A tendência é que essa importância se mantenha até 2040.

A necessidade dos moradores, no entanto, podem variar de acordo com o período da vida de cada um. Isso demandará mais flexibilidade na oferta de imóveis por parte das construtoras e incorporadoras.

Este conteúdo foi gerado a partir do formulário da Delloite “Comportamento do consumidor de imóveis em 2040, estudo 2019″.

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