• 6 de dezembro de 2025
  • Last Update 2 de dezembro de 2025

Quase 30% das famílias brasileiras planejam comprar imóvel em até 1 ano: o que isso revela sobre o mercado?

Um olhar aprofundado sobre o comportamento do consumidor, as oportunidades para investidores e as tendências que moldam o futuro do setor imobiliário no Brasil.

Um retrato das intenções de compra

O sonho da casa própria nunca deixou de ser uma prioridade para as famílias brasileiras. De acordo com levantamentos recentes, quase 30% das famílias no país afirmam que pretendem comprar um imóvel em até 12 meses. Esse dado não apenas reforça a importância do setor imobiliário para a economia nacional, mas também aponta tendências de comportamento do consumidor.

Neste artigo, vamos analisar em profundidade o que motiva esse movimento, quais os impactos para o mercado, as oportunidades para investidores e famílias, além de trazer dicas práticas para quem deseja transformar esse plano em realidade.

Por que 30% das famílias estão planejando comprar agora? Entenda o contexto econômico

Essa intenção de compra de imóveis não acontece por acaso. Diversos fatores estruturais e conjunturais se combinam para criar um cenário propício para que quase 30% das famílias brasileiras estejam planejando essa conquista nos próximos 12 meses.

Juros e crédito imobiliário

Embora as taxas de juros no Brasil estejam em patamares historicamente altos, o financiamento imobiliário continua sendo uma alternativa buscada por muitas famílias. Programas habitacionais como o Minha Casa Minha Vida têm papel essencial nesse cenário, oferecendo condições diferenciadas que ajudam a manter o acesso à casa própria mesmo no atual contexto de crédito. Além disso, alguns bancos privados e públicos têm flexibilizado suas políticas, oferecendo prazos estendidos e condições específicas que, em determinados perfis, tornam a compra viável.

Outro ponto relevante é o avanço da portabilidade de crédito imobiliário, que permite transferir o financiamento de um banco para outro em busca de melhores condições, ampliando o poder de negociação dos compradores.

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Estabilidade no emprego e aumento da renda

A retomada de setores estratégicos da economia, como tecnologia, agronegócio, comércio e serviços, tem garantido maior estabilidade para muitas famílias. Em paralelo, o mercado de trabalho formal apresentou crescimento em diversas regiões do país, impulsionando a confiança do consumidor.

Além disso, medidas de valorização do salário mínimo e reajustes salariais em categorias específicas contribuem para o fortalecimento da economia e aumentam a confiança das famílias. Embora o salário mínimo por si só não represente, na maioria dos casos, condições suficientes para financiar um imóvel, esses ajustes têm efeito indireto: aquecem o consumo, reduzem a pressão sobre a renda das famílias e criam um ambiente mais favorável para que quem possui maior estabilidade financeira consiga planejar a compra em curto prazo.

Inflação controlada e previsibilidade

O controle da inflação, especialmente em relação a alimentos, combustíveis e serviços básicos, impacta diretamente no poder de compra. Quando as famílias percebem estabilidade nos preços, aumenta também a confiança para assumir compromissos de longo prazo, como um financiamento imobiliário de 20 a 30 anos.

Essa previsibilidade é fundamental: sem ela, muitos potenciais compradores prefeririam adiar o sonho da casa própria. Hoje, com inflação sob maior controle, a sensação de segurança volta a impulsionar as decisões de compra.

Valorização imobiliária e novos polos urbanos

Outro ponto que atrai compradores é a valorização de imóveis em áreas estratégicas. Bairros próximos a estações de metrô, corredores de ônibus, universidades, centros comerciais e hospitais têm registrado crescimento consistente nos preços, sinal claro de que investir agora pode representar ganhos no futuro.

Além disso, surgem novos polos de desenvolvimento urbano, fruto de políticas de habitação, expansão de infraestrutura e chegada de grandes empreendimentos. Famílias que planejam qualidade de vida e investidores que buscam rentabilidade identificam nesses locais uma oportunidade dupla: morar bem e assegurar valorização patrimonial.

Tecnologia e digitalização do setor

Um fator mais recente, mas igualmente importante, é a transformação digital no mercado imobiliário. A possibilidade de pesquisar, comparar, simular financiamentos e até assinar contratos de forma digital reduziu barreiras e encurtou o ciclo de compra.

Portais como o DFImoveis, por exemplo, reúnem milhares de opções em um só lugar, tornando o processo de busca mais rápido e eficiente. Isso incentiva famílias a iniciarem o planejamento agora, já que o acesso à informação e às oportunidades nunca foi tão amplo.

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Perfil das famílias que pretendem comprar

O levantamento também mostra que a decisão de compra não está restrita a um único perfil. Entre os principais grupos estão:

  1. Casais jovens (25-35 anos): Buscam seu primeiro imóvel, muitas vezes motivados por casamento, filhos ou independência financeira.
  2. Famílias em expansão: Aqueles que precisam de mais espaço devido à chegada de filhos ou desejo de maior conforto.
  3. Investidores iniciantes: Pessoas que identificam no mercado imobiliário uma oportunidade segura de investimento a médio e longo prazo.
  4. Aposentados e maduros: Que desejam imóveis menores, mais funcionais e próximos a serviços de saúde e lazer.

Esse panorama revela que a demanda é heterogênea, mas com um ponto em comum: a confiança no imóvel como patrimônio seguro e valioso.

Quais imóveis estão na mira?

Outro ponto relevante é o tipo de imóvel mais procurado por essas famílias. A pesquisa indica preferência por:

  • Apartamentos de 2 quartos: Ideais para casais jovens e pequenas famílias.
  • Imóveis com facilidade em relação a transporte público: A mobilidade urbana é cada vez mais decisiva.
  • Condomínios com infraestrutura completa: Áreas de lazer, coworking, academias e segurança.
  • Casas em regiões emergentes: Para famílias maiores e quem busca tranquilidade em áreas em expansão.

Essa diversidade reforça a necessidade de corretores e imobiliárias entenderem os perfis de compra para oferecer soluções personalizadas.

Impactos no mercado imobiliário brasileiro

A intenção de quase 30% das famílias em comprar imóveis em até um ano gera impactos diretos no setor:

  • Aquecimento do mercado: Mais negociações, maior circulação de crédito e aumento da valorização em determinadas áreas.
  • Concorrência entre compradores: Imóveis bem localizados tendem a ser disputados, elevando os preços.
  • Novas construções: Incorporadoras e construtoras ampliam lançamentos para atender à crescente demanda.
  • Fortalecimento de programas habitacionais, como Minha Casa Minha Vida e linhas de crédito subsidiadas, são fundamentais para famílias de menor renda.

Leia mais: Um novo ciclo de oportunidades: o que esperar do mercado imobiliário em 2025

Desafios para os compradores

Apesar do cenário otimista, existem desafios que as famílias precisam enfrentar:

  • Burocracia e prazos longos para aprovar financiamentos.
  • Oscilações nos juros que podem impactar parcelas futuras.
  • Planejamento financeiro: Nem sempre os compradores estão preparados para custos extras como ITBI, escritura, taxas condominiais e manutenção.

Oportunidades para investidores

O dado de quase 30% das famílias planejando comprar imóvel também interessa ao investidor:

  • Valorização garantida em áreas em expansão.
  • Demanda constante por aluguel, principalmente em regiões próximas a universidades e polos corporativos.
  • Segurança do investimento imobiliário, considerado menos volátil que ativos financeiros.

Como se preparar para comprar um imóvel em até 1 ano

Para as famílias que estão entre as 30% que desejam comprar um imóvel, é essencial seguir alguns passos estratégicos:

  1. Organizar o orçamento: Identificar renda disponível, dívidas e margem para assumir parcelas.
  2. Simular financiamentos: Utilizar ferramentas online e conversar com diferentes bancos.
  3. Definir prioridades: Localização, tamanho, infraestrutura e valor do imóvel.
  4. Visitar imóveis: Avaliar presencialmente, identificar vantagens e possíveis problemas.
  5. Contar com apoio profissional: Corretores e imobiliárias credenciadas ajudam a evitar riscos e encontrar melhores oportunidades.

Regiões em destaque no Brasil

Determinadas regiões se sobressaem nesse cenário de alta intenção de compra:

  • Distrito Federal: Valorização contínua, demanda por imóveis funcionais e próximos a eixos de transporte.
  • Sudeste (São Paulo e Rio): Áreas urbanas bem localizadas continuam sendo as mais disputadas.
  • Sul do Brasil: Cidades médias em expansão, com qualidade de vida elevada.
  • Nordeste: Crescimento do turismo e da infraestrutura impulsiona a compra de imóveis para segunda residência.

O papel das imobiliárias e portais de imóveis

Nesse momento de maior intenção de compra, as imobiliárias e plataformas digitais se tornam fundamentais:

  • Oferecendo curadoria de imóveis, poupando tempo dos compradores.
  • Disponibilizando informações claras, como fotos, plantas e simulações de financiamento.
  • Garantindo segurança jurídica em todas as etapas do processo.

Portais como o DFImoveis.com são essenciais nesse ecossistema, conectando compradores, vendedores e corretores em um só ambiente.

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Uma oportunidade que não pode ser ignorada

A intenção de compra de quase 30% das famílias brasileiras em até 1 ano mostra que o setor imobiliário está em plena ebulição. Para quem deseja comprar, o momento exige planejamento e agilidade. Para investidores e profissionais do setor, trata-se de uma oportunidade única de atender a uma demanda real, crescente e diversificada.

No fim das contas, a casa própria continua sendo mais do que um imóvel: é um sonho, um investimento e uma conquista de vida.

FonteContexto / Foco% que planeja comprar em até 1 ano
Brain/CBIC (A Tarde, 2023)Todas as famílias (renda > R$ 3 mil)30%
Brain / Poder360 (3T24)Intenção nos próximos 2 anos28%
Brain (1T24)Intenção nos próximos 2 anos27%
Loft / Offerwise (CNN, 2024)Compra como investimento29%

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